Recurso permite trocar arquivos, como músicas, gratuitamente e sem cabos pelo celular Toca o celular de uma colega de trabalho, ou então da cliente a quem está atendendo, e a manicure Deusa Borges fica logo atiçada. Gostou da música e pretende tê-la também no seu telefone. Então pede para copiá-la via Bluetooth.
É geralmente assim que começa o troca-troca de arquivos, uma diversão garantida no salão de beleza onde Deusa trabalha. Se os dois celulares tiverem esse tipo de tecnologia, para transmissão de dados sem fios a curta distância, sai de graça mandar
uma foto, por exemplo, para o telefone de uma amiga – se fosse enviá-la via torpedo, haveria o custo de uma mensagem multimídia.
Não é complicado, mas se a pessoa não sabe como funciona, alguém explica. Aline Ferreira aprendeu com Paula Reis, que nem trabalha mais no local.
– Sabia que tinha Bluetooth no celular, mas não tinha mexido. Ela me mostrou como era, e agora até já ensinei para os filhos e marido – diz Aline.
No boca-a-boca, o uso dessa tecnologia vai se popularizando mais, e já virou recurso
determinante na hora de trocar de aparelho. Tendência essa que é confirmada por pesquisa da Associação Mobile Marketing com brasileiros: 85% consideram importante contar com Bluetooth no telefone.
– Se o celular não tiver, nem compro – avisa a cabeleireira Lúcia Silva.
Os celulares respondem por 60% do mercado de Bluetooth no mundo, que era de 1,2 bilhão de unidades em 2008, mas deverá dobrar até 2013, estima a ABI Research. Com o segmento em ebulição, a publicidade está de olho. Existe até o Bluetooth marketing.
Colocam-se tótens que detectam no raio de alcance os celulares com a tecnologia
habilitada e disparam um conteúdo para o consumidor, com a vantagem que se consegue atingir, geograficamente, o público-alvo. São distribuídos papéis de parede e joguinhos, por exemplo.
Mas há desafios, pondera Abel Reis, presidente do Comitê de Mobile Marketing do Interactive Advertising Bureau Brasil. Até mesmo o fato de as pessoas não saberem habilitar o Bluetooth. Esse desconhecimento, porém, vem diminuindo, comemora o diretor executivo na América Latina da MMA, Terence Reis: – As pessoas vão trocando de telefone, por novos modelos com Bluetooth, e vão aprendendo a usá-lo.
Em 2008, 56,3% dos celulares homologados pela Anatel contavam com a tecnologia.
No comments:
Post a Comment